quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Relatório do Programa GESTAR II

3º ENCONTRO

Garanhuns, 18 novembro de 2009

No dia 18 de novembro de 2009, as 8 h realizou-se o 3º encontro do Programa de Gestão de Aprendizagem Escolar Gestar II, na sala de informática da GRE – AM. Recepcionei os cursistas com uma mensagem projetada em slide “Flores no Caminho”, a partir da mensagem foi feita uma reflexão sobre as dificuldades encontradas na profissão. A mensagem transmitiu palavras de otimismo e motivação perante os percalços que enfrentamos na profissão. Após essas atividades foi projetado o filme “NARRADORES DE JAVÉ”, para que os cursistas fizessem uma reflexão e análise em relação ao papel do escriba na sociedade, como também foram observados traços de oralidade, relação entre oralidade e escrita, análise das práticas de letramento e alfabetização.

Análise realizada pelos cursistas:

“No filme, Narradores de Javé”, o escriba era alguém responsável por relatar os fatos contados pelas pessoas da vila, ele seria o responsável para escrever e consequentemente conduzir os fatos contados pela comunidade. No povoado ele se destacava por ser o único capaz de escrever a história contada pelos moradores na linguagem culta. Tendo-se em vista que os moradores da região tinham uma característica peculiar a linguagem coloquial popular, muitos ditados populares e jargões eram utilizados. O escriba de nome “Antonio Biá” , sabia distinguir um fato acontecido de um fato escrito, portanto as falas daquele povo não precisavam ter formas, as formas seriam advindas na escrita, que por sinal eram de grande importância e valia dentro do contexto. No filme, apenas Antonio Biá dominava a escrita, portanto o único alfabetizado na comunidade. O povo tinha apenas o conhecimento da cultura local, das sabedorias populares, mas não tinham as histórias registradas nos moldes científicos, segundo eles.

Quanto ao letramento, esse praticamente não existia. Biá sendo o único sabedor e dominador da leitura e da escrita achava-se importante e disso se prevaleceu para ter algumas regalias, mesmo tendo consciência que não conseguiria salvar Javé de ser inundada.

A relação entre a oralidade e a escrita muito conflitante dentro do filme esteve presente o tempo todo, mas muitas hipóteses e reflexões foram abordadas.

Como educadores exercemos o papel de escriba quando proporcionamos momentos de leitura, interação e reflexão em nossos alunos. Momentos esses que os levam ao letramento e a oralidade, não sendo apenas nós os detentores do saber.

Finalizamos o encontro discutindo sobre a projeção do filme nas séries finais do Ensino Fundamental, que se bem trabalhado podemos conscientizar e despertar o interesse e o prazer dos nossos alunos pela leitura.


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